Um príncipe negro do gueto
de olhar triste e sorriso fácil
Poeta urbano suburbano
Solitário pardal paulistano
Sobrevivendo em floresta cinza
Pousado em puleiro sujo
Observando bolhas de aço
carregando gente
de olhar triste e sorriso fácil
Poeta urbano suburbano
Solitário pardal paulistano
Sobrevivendo em floresta cinza
Pousado em puleiro sujo
Observando bolhas de aço
carregando gente
Era Giovani Baffo, autor do poema acima, que integra o seu livreto vendido à contrubuição espontânea durante a Flip. Prova viva do talento dos nossos poetas de rua brasileiros. Passei por ele, trocamos livros, e o recital começou pelas ruas de Paraty. O menor sarau do mundo dizia ele. Menor e melhor acrescentei. Quem nos viu e ouviu, sorriu e curtiu.
Pelo orkut, de volta a Sampa, Baffo me mandou este
São Paulo
é uma calamidade.
Eu disse chuva
inundou a cidade.
Lá por Paraty eu fiz esse pra ele
Tu
é um poeta
de guarda-chuva
Eu
ainda me molho
Pelo orkut, de volta a Sampa, Baffo me mandou este
São Paulo
é uma calamidade.
Eu disse chuva
inundou a cidade.
Lá por Paraty eu fiz esse pra ele
Tu
é um poeta
de guarda-chuva
Eu
ainda me molho
Giovani é poeta pra valer, da poesia viva e fácil, de sorriso largo e coração grande, com guarda-chuva aberto para a amizade.
Pra fechar mais um dele
Vá mulher, alçar altos vôos
no imenso e multicolor mundo seu...
deixe-me rastejar na tacanhez
do opaco mundo meu.
Vá mulher, pode partir sem culpa e com calma
esqueça o poeta que lhe entregou a alma.
E esse mesmo poeta se cala
e vai dormir sem saber,
se o amor ajuda ou atrapalha
(Giovani Baffo - Paraty 2008)
Eu acho que só ajuda vêio. É só não driblar a trave e sair com bola e tudo. : )
Abraços!