Poesia do Olhar
para Sérgio Fonseca e os 443 anos deste Rio de Janeiro
Uma cidade se faz bela
pelos seus poetas.
Estes seres invisíveis
que a atravessam durante o dia ou a noite
e paralizam os momentos mais singelos
do nascer do sol ao anoitecer.
É preciso andar por aí
deixando a cidade
penetrar por dentro de si.
E sem vergonha
sacar a caneta
a máquina fotográfica
o violão.
e arriscar o poema
a fotografia, a canção.
Esquecer do tempo
entre Boêmias no Rio Minho
saboreando os quitutes de nossa baía
e usar a grana do mercado
apenas para mais uma bela foto
em seus vitrais espelhados.
De dentro do carro,
do alto dos mirantes,
ou no meio da avenida,
eternizar a poesia.
Depois é preciso celebrar.
Compartilhar a beleza da cidade
com a humanidade apressada
pedindo calma sem dizer uma só palavra.
Calma para ser feliz.
Para admirar este monumento
feito de matas, montanhas, areias, mar
e gente herdeira da simpatia e do fazer sorrir
de nossos ancestrais tupi-guaranis.
(Rodolfo Muanis, 1º de março de 2007)
Este é dedicado ao nosso querido Rio de Janeiro e ao amigo Sérgio Fonseca que em seu www.papeldepao.com.br também rendeu belíssima homenagem à cidade.